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A mostrar mensagens de março, 2009

Hoje, na Adraga

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Desci à minha PAZ num ritual contrário à ascenção física, mas muito parecido com a ascenção espiritual E aquela imagem de verde selvagem, enche-me o coração, mal a vejo E chegando ao areal... Chego à PAZ, chego a mim mesma. Porque me sinto aquele lugar, porque me sinto daquela forma, porque me sinto a mim mesma ali Cada momento de encontro comigo mesma Cada rocha que o sol aquece a pele Cada pedra arredondada que o mar beija e molda Cada onda que rebenta no meu peito de areia Cada grão de areia que o vento me sopra

a escstunis

Do tempo em que era estudante ficou-me um sonho por realizar. Ainda hoje, alguns anos depois, olho para trás com pena de não ter feito parte da tuna da minha faculdade. Nunca consegui reunir as condições mínimas para fazer parte deste grupo de pessoas que eu admiro desde sempre e para sempre: a falta de tempo, ou a má gestão do meu tempo. Infelizmente, resume-se a este facto que me dói só de o mencionar... não dava tempo. Os ensaios eram tarde, as actuações dificeis de conciliar com outros projectos sonoros e aquáticos em que estava envolvida... E pronto... os anos passaram e eu... nunca fiz parte da escstunis do meu coração. deixo-vos um original da escstunis que me enche de orgulho e de arrepios, de cada vez que ouço estes acordes. Uma serenata linda, linda, linda, tocada pela última vez este ano no 'Tuna m'isto' Teu Sorriso Música e letra de João "Jogabi" Almeida Julguei que seria Loucura, ousadia Pedir que me ouvisses cantar Disseste talvez E o teu olhar se

Em Nome dos Velhos Tempos...

Porquê que queres obrigar-me a calar? Porque tenho razão. Sabes que tenho razão. Mas não tens coragem de o dizer! Porque defendes a tua felicidade como um cão defende um osso... Ah mas como a vossa felicidade me mete nojo... O vosso apego à vida de que é preciso amar a todo o custo. Parecem cães... que lambem tudo o que encontram... É assim que pensam, não é? Pois eu não. Eu exijo tudo. Tudo imediatamente. E se não for assim, recuso. Não quero ser modesta. Não quero contentar-me com pouco. Quero ter a certeza de tudo. Ou então, Morrer! Grupo de Teatro Honoris Causa ******* Ainda no rescaldo do Dia Mundial do Teatro... Dedico este texto que não escrevi a todos os actores que não o leram. Mas também a todos os que não o ouviram dizer em voz alta, num palco, com luzes, marcações, com pessoas sentadas à espera da próxima palavra e do próximo gesto. Não fui ao teatro, comemorei o dia com o visionamento da entrevista que o Ricardo Pais deu na Câmara Clara, RTP 2... Foi uma programa muito int

Depois das escamas... veio a bola de sabão e a Sereia* acalmou

Ontem o meu coração rachou um pedaço, sofreu uma lesão, levou um abanão, foi apertado com muita força. Mas não partiu, ficou só magoado. Foi um embate forte, foi difícil nas horas seguintes e, ainda hoje, não posso dizer que estou bem, mas estou melhor. Dormi sobre o assunto, sobre o embate, sobre o apertão, o choque. Há pessoas que deviam morder a língua e partir um pedaço antes de falar qualquer palavra que pudesse humilhar um inocente. Há pessoas neste mundo que vieram tratar de fazer com que tudo desse errado na vida de outras pessoas. Isso deixa-me revoltada, principalmente se me apercebo dessas situações. Nem sei se é só revolta. É... raiva mesmo. Fico alterada física e psicológicamente. Viro-me do avesso e, a certa altura, vê-se o pâncreas, o fígado, o baço, o estômago. Mudo de cor e fico verde, fico roxa, pálida, branca. E... expludo! Rebento literalmente! No momento a seguir há escamas por todo o lado. ******* Hoje comecei por ver uma beleza rara no blog de uma Amiga Azul. Por

Primavera atrasada...

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Não postei nada para celebrar a chegada da Primavera. Gostava de o ter feito. Mas se há coisa de que gosto de me valer em várias situações na minha vida, é dos provérbio e dos ditados antigos. O de hoje é o seguinte: Mais vale tarde, que nunca E, hoje, posto para celebrar a chegada da Primavera :)

Cara nova

Amigas e Amigos, acho que já decidi... Depois de várias indecisões e hesitações e opiniões... Chegou a primavera e eu senti-me preparada para mudar de cara. ;) gostei deste, de entre todos os milhares de templates que vi nos últimos dias... Acho que vai ficar assim mesmo. Obrigada pelo apoio. E afinal... nem foram 3 pessoas a votar... foram só duas ;) VALEU GAROTAS!!! Eu já vos adorava e agora... ainda mais!!!

Ventos de mudança

Os ventos sopraram vindos não sei de onde e... eis que... Mudei de imagem... é verdade! Mas não é definitiva. Gostava de pedir a opinião dos leitores assiduos deste blog. Por isso, vou deixar esta nova imagem por uma semana e depois vou mudar para a minha segunda opção (embora haja ainda uma terceira, para confirmar a regra do: não há duas sem três !). Preciso de votos sinceros. Podem ser dirigidos para a caixa de comentários ou para o e-mail (quem o tiver, claro) Bom... agradeço desde já, e em avanço, aos 3 visitantes na sua totalidade as suas futuras votações ;) ADORO-VOS!!!

Contrariedades e coisas assim...

Não tenho por hábito fazer grandes planos, mas gosto de sonhar com coisas que gostava que acontecessem. Gosto de pensar que um dia, vão mesmo acontecer. Chamam-se sonhos... mas são... não sei se são sonhos... talvez sim, talvez não. Tenho uma agenda que utilizo com a frequência de quem anota em papel o que fez no dia anterior e não o que vai fazer no dia seguinte. Tenho, assim, hábitos estranhos que passam pelo modernismo e pelo capitalismo mais rudimentares e mal aproveitados que possam existir. Para mim a agenda é o que as pessoas de negócios e, assim por dizer, atarefadas chamam de 'memo' . É que, na realidade, o que pretendo com uma agenda é que ela memorize aquilo que a minha memória de galinha não consegue e mais aquilo que eu tenho medo que a minha memória de galinha não consiga. Ou seja, o que pretendo de uma agenda é nela escrever qualquer coisa que já aconteceu, mas da qual eu quero guardar um qualquer resquício memorial... efectivo. Estranho eu sei. Tanto é que... nã

"O Mare e Tu"

"O Mare e tu" Dulce Pontes e Andrea Bocelli ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Dançaram os dois como se fossem onda Iam e vinham, ondulavam rebentavam e voltavam a formar laços líquidos voltavam a subir ao céu a curvar todas as vértebras e a ondulação terminava nos cabelos compridos que pendiam em curva continua para a areia Caíam prostrados, finalmente na areia de qualquer praia com a sua cara com o seu corpo Espraiados, eram recolhidos de novo e misturados com sal e águas inquietas, num Mar Sagrado* ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Recebi por e-mail este video há uns dias, mas só hoje o abri... Não resisto a partilhá-lo porque é de uma beleza que me preenche bastante. Duvido que a pessoa que mo enviou venha aqui visitar-me... De qualquer forma, se vieres e vires isto, queria só dizer: OBRIGADA!

Céu

Quanto mais escuro, mais brilham as estrelas*

Romeo & Juliet

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We are not Romeo, not Juliet Just two lost souls We are not Romeo, not Juliet just you and I ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Hoje, algumas palavras do Bryan que ontem ouvi e recordei e que há já alguns dias que não me saiem da cabeça. Não faz mal, gosto delas assim*

Más notícias e outras...

Esta semana tem sido dura. Plena de más notícias, plena de situações difíceis. São provas atrás de provas que tive que dar diariamente e só agora, a esta distância, consigo olhar para a semana que passou com esta clareza. Hoje sinto que fui posta à prova várias vezes seguidas, em várias situações diferentes. E se me olho com a distância que consigo de mim mesma, sempre curta, sempre tortuosa, acho que as minhas respostas, não sei se ideais nem sei se era esse o objectivo do Universo quando me colocou neste caminho, foram... pelo menos... suaves, calmas. O que sinto de mim mesma foi que evitei o stress, objectivamente evitei-o. Conscientemente tentei contorná-lo. Nalgumas situações acho mesmo que consegui. Se me perguntam "como estás?", eu vou responder "bem", porque, de facto, não estou mal. Mas a verdade é que sinto as energias em movimento, sinto altos e baixos, sinto que estão a exigir ou a pedir (depende das situações) qualquer coisa de mim a todo o instante. É

A noite estava parecida com a de hoje

Dançaste durante horas, descalço, num emaranhar de movimentos onde braços, mãos, pernas, pés e, por fim, todo o corpo se moviam, se contorciam, se tocavam. O corpo todo pedia movimento, fluidez, beleza. E tu deste o ar que precisavas aos teus poros, à tua pele. Eu assistia calada e queda. Acho mesmo que, a certa altura, me senti cansada de estar ali a ver-te dançar. Não esperei que terminasses. Antes desse fim, antes desse teu prazer de dançar, levantei-me do chão. No parapeito da janela, pendurei os meus braços pela altura dos ombros e fiquei ali a olhar o céu. A noite era, como a de hoje, uma noite de verão. Quente, escura e limpa. E no céu eu pude ver, com toda a calma do momento, todas as estrelas que os meus olhos conseguiram. Uma a uma, brilhavam de uma maneira tão bonita e tão particular que me prenderam no momento. Fiquei presa, sim. Ao céu, à noite, à escuridão iluminada por milhares de pontos luzindo, cintilando, dando conta da sua presença, do seu pulsar universal. Porque sã

Hoje, apeteceu-me o Mar de Sophia :)

Quando eu morrer voltarei para buscar os instantes que não vivi junto do mar. Como ondas do mar dançam em mim os pés do teu regresso. Há muito que deixei aquela praia De grandes areais e grandes vagas Mas sou eu quem na brisa respira E é por mim que espera cintilando a maré vasa. No mar passa de onda em onda repetido O meu nome fantástico e secreto Que só os anjos do vento reconhecem Quando os encontro e perco de repente O mar azul e branco e as luzidias Pedras – O arfado espaço Onde o que está lavado se relava Para o rito do espanto e do começo Onde sou a mim mesma devolvida Em sal espuma e concha regressada À praia inicial da minha vida. De todos os cantos do mundo Amo com um amor mais forte e mais profundo Aquela praia extasiada e nua Onde me uni ao mar, ao vento e à lua. Casa branca em frente ao mar enorme, Com o teu jardim de areia e flores marinhas E o teu silêncio intacto em quem dorme O milagre das coisas que eram minhas. Não há fantasmas nem almas, E o mar imenso, solitário e

mergulho

vou mergulhar noutros mares mais profundos e mais escuros vou mergulhar num sonho qualquer, do qual, amanhã, não saberei dar conta*

Silêncios...

Em 1917, Franz Kafka escreveu o seguinte no conto O silêncio das sereias : As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio. Não sabia que o Kafka tinha escrito sobre Sereias*... Fiquei a saber :)

Há dias assim...perfeitos

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em que nos perdemos para nos encontrarmos em que bebemos para não secarmos em que o vento sopra para não ficarmos em que sangue que nos corre nas veias não é vermelho em que o mar não parece ter a mesma cor e, no entanto, é tão lindo em que o caminho parece não acabar e os búzios vêm ter connosco e juntam-se às conchinhas que somos estes dias, deixam marcas e, no final do dia, somos concha, de coração cheio