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A mostrar mensagens de março, 2010

Da transparência ou translucidez

Hoje quero ser transparente. Ser invisível, imperceptível, inalcançável com o olhar. À vista desarmada ou com uma arma apontada. A descoberto de tudo e de nada. Sem sombra que me denuncie na claridade e sem luz que me mostre as cores que trago no peito. Quero passar despercebida do mundo, sem que o mundo me perceba aqui. E quero estar aqui. Quietude e silêncio por dentro e por fora, no fundo e em redor. E, no entanto, não me canso de ouvir esta canção. Este som não me sai da cabeça. Faço uma tradução livre de qualquer conhecimento linguístico que me possa dizer que palavras são estas e/ou que sentido possam ter. Traduzo cada expressão de acordo com aquilo que quero ouvir o cantor dizer, em cada momento. Descubro, mais tarde, que essas palavras que ouço não querem dizer nada daquilo que penso. E continuo a ouvir a mesma música. E continuo a traduzir cada expressão do modo que me apetece. Se a música fosse como eu penso que a ouço, seria qualquer coisa relacionada com esta minha vontade

Balançar

porque há coisas lindas de se ouvir... pedes-me um tempo pra balanço de vida mas eu sou de letras não me sei dividir para mim um balanço é mesmo balançar balançar até dar balanço e sair pedes-me um sonho pra fazer de chão mas eu desses não tenho só dos de voar e agarras a minha mao com a tua mao e prendes-me a dizer que me estas a salvar de quê? de viver o perigo de quê? de rasgar o peito com o quê? de morrer mais de que paixão de quê? se o que mata mais é não ver o que a noite esconde e não ter nem sentir o vento ardente a soprar no coração pedes o mundo dentro das maos fechadas e o que cabe é pouco mas é tudo o que tens esqueces que, às vezes, quando falha o chão o salto é sem rede e tens de abrir as mãos pedes-me um sonho pra juntar os pedaços mas nem tudo o que parte se volta a colar e agarras a minha mão com a tua mão e prendes-me e dizes-me para te salvar de quê? de viver o perigo de quê? de rasgar o peito com o quê? de morrer mais de que paixão de quê? se o que mata mais é não
Chove outra vez!!! Eu sei que passo a vida a dizer que só quero água na minha vida... mas talvez devesse ter uma conversa mais esclarecedora com o São Pedro... é que, quando digo isto, estou a falar de trabalho... ummpff!