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A mostrar mensagens de janeiro, 2008

Homenagem ao Carnaval que eu conheci

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HOMENAGEM AO MEU PAI EM ÉPOCA DE CARNAVAL O texto que se segue foi escrito a 20 de Fevereiro de 2007 Hoje foi dia de Entrudo... por isso não fui trabalhar. Ao fim do dia acendi velas e escrevo. Lembro os bons tempos em que o Carnaval era celebrado em minha casa durante uma semana, 24 horas por dia. São, de facto, lembranças únicas. Se fechar os olhos, consigo ver-me a mim, aos meus pais e mais uma quantidade de amigos velhos e antigos a dançar sem parar; consigo ver os caixotes de papelão a descerem de meu sótão e os saco de plástico cheios de roupas, chapéus, cabeleiras, máscaras, sapatos, pinturas, lenços, gravatas, saias, calças, camisas e casacos de todos os tamanhos, cores e feitios; consigo ver a minha casa cheia de gente alegre a escolher o que vestiriam a cada noite; consigo até ouvir a campainha da porta da sala tocar e as músicas que se dançavam há muitos anos atrás. A alegria e o companheirismo e as partidas de Carnaval eram, durante uma semana seguida, o nosso dia-a-dia. Le

Virose de Sereia*

Tenho andado meio adoentada. E como já lá vai quase uma semana desde o primeiro sintoma... hoje fui ao médico e tenho uma virose chata. É do pior! Como devem imaginar, uma virose duma Sereia não é uma virose qualquer... e o próprio médico não pode ser um médico comum. Acho que nenhum médico comum detectaria uma virose numa Sereia... Tenho as escamas a largar da barbatana e descobri que não posso comer determinadas algas que existem no meu habitat natural, pelo menos até melhorar... Isto é chato porque eu adoro comer algas e outras coisas que fazem parte da minha dieta alimentar... Mas também é chato porque tenho de continuar com a minha actividade na água... espero sinceramente não contaminar ninguém! Huh, quer dizer, nenhum outro animal aquático. Entretanto, passou o dia 26 de Janeiro - Dia Índigo. Gostava de ter postado aqui qualquer coisa vinda da minha alma e dos meus sentidos, mas não consegui. A minha virose na barbatana e as várias actividades que me preenchem a vida de Se

Sol de Inverno

O Sol de Inverno chegou. Os dias amanhecem e escurecem com esta luz linda. Uma luz que só o sol pode dar. Mas aquela luz que ainda não aquece, que nos deixa gozar a lã dos cachecóis e dos gorros. Que nos ilumina e nos faz sorrir com as cores do dia e, ao mesmo tempo, nos faz usar os óculos escuros sem aquela manga curta... Gosto dos dias em que Sol de Inverno habita os meus passos, os meus espaços. Gosto do Sol de Inverno sem ter calor, de abrir a janela e ver a neblina matinal a pairar sobre o pinhal da Praia ou sobre as Varzeas, de olhar para o Castelo e para o Palácio e ver as camadas de névoa que os tentam disfarçar. Um dia com Sol de Inverno corre bem por entre os outros dias de inverno. E se desco do alto do meu lugar, não sendo alto por mérito mas apenas por localização geográfica, para me dirigir àquela que é a actividade que exerço diáriemente e com muita satisfação... parece que que me afasto. Na realidade, afasto. Para voltar mais tarde. Desta vez, já com a lua cheia pequeni

The Spell

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I miss that spell. The one I fell into. Not here, not now, not then. My fairy “reality” broke the spell back there... Now I stand and stick to here. And I miss that spell. Because there was water in that spell. Because there was light in that spell. Because there were emotions and care and love in that spell. But most of all, the magical moments make me believe. THE MAGICAL MOMENTS MAKE ME BELIEVE. I miss that spell.

sem título

I Se me dissessem que eu podia mudar o mundo, eu estalava os meus dedos Se me dissessem que o mundo não era isto, eu punha o despertador para mais cedo Se me dissessem que tudo o que sinto não é o que sinto, eu diria que tenho o coração (na ponta dos dedos) na mão, Se me contassem o que sou, eu não seria eu Se me segredassem o que vejo, eu não olharia para trás Se me revelassem o teu segredo, eu sentiria saudades do futuro Se me concedessem um último desejo, eu traria de volta o meu anjo da guarda. 16.Dezembro.2001.domingo* faz tempo que o tempo passou por mim e me deixou estas palavras que a alma transmitiu e que eu escrevi. não há título para este post. Pus-me a pensar no título que lhe dei: sem título. Sem título é qualquer coisa que não é nomeável, não é identificável, não tem nome, não se pode chamar, não se pode dizer. O que não tem nome na prática não existe, porque não é identificável. Fica assim uma coisa que não existe, que é imaterial, não se vê e quando se vê não se sabe o

A frase e cada palavra que faz parte dela

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“I know you, you’re not from here, not from this here and now” Eis a frase que melhor me define. Eu sou assim, sempre que abro a boca Sempre que fico calada Sempre que saio ou que entro Sempre que me movo ou me aquieto Sempre que sonho ou acordo Sempre que olho pela minha Janela Favorita sempre que desço à minha Adraga Sempre que a minha alma se enche de nevoieiro Sempre que chega Outubro e Novembro Eu sou assim...

Let...

Let the one you hold be the one you want to be holding

Vergílio Ferreira

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67. Sol vivo e o vento que arrasta consigo o rumor do mar. Cheguei agora do não ser, e vi, e ouvi. Contemplo o mistério das margens da vida e ele existe à minha face, oculto e deslumbrante. As coisas existem no fulgor da luz, agitam-se um pouco na agitação do ar. Estou de fora, não sabem que eu as olho e escuto. O mistério abre-se diante dos meus olhos e um momento assisto à revelação do ser. Não contavam comigo e cumpriam-se por si na obscuridade de existirem. Não têm porquê nem para quê no absoluto com que são. Mas eu vi e ouvi. A luz, o som. E imediatamente teci sobre eles uma rede que os aprisionasse no meu sabê-los e eles, existissem na criação do meu entendimento. É uma rede que os envolve de todo o lado como um voo. Mas eles trespassam-na sem entenderem que eu os entenda. A minha única atitude sensata é a da humildade. Ficar à margem e olhar. Assistir ao milagre estúpido e ser estúpido com ele, sem uma palavra que o diga. E como Deus que agora sou, achar apenas que tudo é bom. V

Um até já... porque o universo não pára.

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31 de Dezembro de 2007 Último dia do ano. Tempo de ir buscar a balança psicológica e pesar. Não consigo pesar todos os dias separados, cada um no seu saco. Não consigo saber quanto vale cada um por si. Não consigo fazer contas à vida assim… com números, com valores concretos… Vim ver o Mar e o Sol. Vim passar algum tempo aqui. Preciso destes momentos. Olho para trás com os olhos melancólicos que a minha alma tem sempre que olha para trás… e vejo 2007. Tenho que dizer e pensar que foi um ano muito positivo para mim. Cansativo, porque tive muito trabalho. Mas positivo. Foi um ano maravilhoso em que fiz muitas descobertas sobre mim mesma. As ondas do mar de 2007 trouxeram, de facto, MUITAS coisas boas à minha vida. E, aqui, em frente ao maravilhoso Mar, venho agradecer tudo o que as suas ondas me trouxeram Agradeço, daqui de onde estou agora, toda a conspiração do universo em meu favor. Todos os pedaços de universo, todas as estrelas e anjos e… que me chamaram, que me luziram, que me prot