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A mostrar mensagens de setembro, 2009

Até ao Fim do Fim

Ainda o Amor* Ainda a música, as palavras cantadas, o som de um amor acompanhado por guitarra*
(em contraste de luz) rodopiava sobre si mesmo, como se suspenso por um eixo invisível. tinha a forma de um coração.
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Sem saber, havia um sorteio. A mim, saiu-me a sorte assim: vinda de uma janela. Pensei: "Não é assim sempre? Não é verdade que a sorte está sempre numa janela?" Eu sempre tive uma janela favorita e nunca lhe limitei o significado apenas à sorte. Porque por ela entra o Sol, a Luz, a Claridade. E, por ela, vejo mais longe, mais azul e mais verde. E vejo a torre. Um dia vou conseguir lá chegar. Vou subir ao alto da torre de névoa e tocar nas nuvens e nas estrelas. Tenho tanta vontade de saber a textura das núvens e das estrelas! Gostava mesmo de pegá-las com as minhas mãos e ficar ali a olhar de perto, a sentir de perto. Um dia, os arcos dos vãos das escadarias vão deixar entrar o sol e mostrar-me-ão esse caminho arredondado que os meus passos vão escolher para fazer a vontade do meu coração Nesse dia, mais do que ser pedra, a pedra vai ser visão. Nesse dia, as rochas talhadas pelas mais belas rebentações vão estar à beira-mar. E esta pedra esculpida, vai mostrar o olho do Unive

A Boca

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Porque é a boca que dispensa a graça de deixar escritas palavras inauditas e o dom de receber as mais surdas. Fiama Hasse Pais Brandão Obra Breve

ONDA

WAVE - VOU TE CONTAR Vou te contar Os olhos já não podem ver Coisas que só o coração pode entender Fundamental é mesmo o amor É impossível ser feliz sozinho... O resto é mar É tudo que não sei contar São coisas lindas que eu tenho pra te dar Vem de mansinho à brisa e me diz É impossível ser feliz sozinho... Da primeira vez era a cidade Da segunda o cais e a eternidade... Agora eu já sei Da onda que se ergueu no mar E das estrelas que esquecemos de contar O amor se deixa surpreender Enquanto a noite vem nos envolver... Vou te contar... Composição: Tom Jobim *** Há ondas que se formam na nossa frente, assim... Assistimos a um movimento lindo e perfeito em que a água salgada se junta e ascende em altura; e se curva debaixo do céu, para cair do alto da crista da onda, até se desfazer em espuma branca que a corrente pode até levar aos nossos pés. É nesse momento que a água nos toca. "E o resto é Mar, É tudo o que eu não sei contar" Dedico estes sons de (A)MAR* ao (A)Mar da minha

A Violeta

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digamos: uma flor um débil mundo de pétalas aberto digamos: uma cor mais roxa de nossas dores escolhida digamos: um ribeiro um local habitável para a flor a inventar digamos: um perfume impresso na flor à beira-água digamos: a memória diluída no perfume da flor por fim digamos: uma violeta eis a flor A.M. Pires Cabral Antes que o Rio Seque *** Li este poema e achei lindo! Juntei-lhe duas fotos de Sereia* para ilustrar e... Eis um dos meus posts favoritos :)