sem título
I
Se me dissessem que eu podia mudar o mundo,
eu estalava os meus dedos
Se me dissessem que o mundo não era isto,
eu punha o despertador para mais cedo
Se me dissessem que tudo o que sinto não é o que sinto,
eu diria que tenho o coração(na ponta dos dedos) na mão,
Se me contassem o que sou,
eu não seria eu
Se me segredassem o que vejo,
eu não olharia para trás
Se me revelassem o teu segredo,
eu sentiria saudades do futuro
Se me concedessem um último desejo,
eu traria de volta o meu anjo da guarda.
16.Dezembro.2001.domingo*
faz tempo que o tempo passou por mim e me deixou estas palavras que a alma transmitiu e que eu escrevi. não há título para este post.
Pus-me a pensar no título que lhe dei: sem título.
Sem título é qualquer coisa que não é nomeável, não é identificável, não tem nome, não se pode chamar, não se pode dizer.
O que não tem nome na prática não existe, porque não é identificável.
Fica assim uma coisa que não existe, que é imaterial, não se vê e quando se vê não se sabe o que é... não se sabe que nome dar-lhe.
Foi escrito por mim no tal tempo que passou e é uma coisa assim da alma, uma coisa etérea... não é palpável, veio da alma e é assim que vai ficar, sem identificação, sem título, nem nome.
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