Da transparência ou translucidez
Hoje quero ser transparente. Ser invisível, imperceptível, inalcançável com o olhar. À vista desarmada ou com uma arma apontada. A descoberto de tudo e de nada. Sem sombra que me denuncie na claridade e sem luz que me mostre as cores que trago no peito. Quero passar despercebida do mundo, sem que o mundo me perceba aqui.
E quero estar aqui. Quietude e silêncio por dentro e por fora, no fundo e em redor.
E, no entanto, não me canso de ouvir esta canção. Este som não me sai da cabeça. Faço uma tradução livre de qualquer conhecimento linguístico que me possa dizer que palavras são estas e/ou que sentido possam ter. Traduzo cada expressão de acordo com aquilo que quero ouvir o cantor dizer, em cada momento.
Descubro, mais tarde, que essas palavras que ouço não querem dizer nada daquilo que penso. E continuo a ouvir a mesma música. E continuo a traduzir cada expressão do modo que me apetece.
Se a música fosse como eu penso que a ouço, seria qualquer coisa relacionada com esta minha vontade de ser e estar transparente.
Se nada nem ninguém me vir, posso ser ou não ser. Não importa se sou ou se não sou. Não importa como sou. Ainda que existindo, a transparência de mim faz com que a minha pele não seja o limite do meu corpo e, consequentemente, faz com que a minha pele não me limite o ser.
Porque, em constante mutação, ou movimento, ou quietude, ou permanência… quase nunca serei a mesma coisa, ou pessoa, ou ser, ou estar. Às vezes da terra, às vezes do ar. E as raízes que tenho vão sendo fortes e fundas, ao mesmo tempo que voo.
E quero estar aqui. Quietude e silêncio por dentro e por fora, no fundo e em redor.
E, no entanto, não me canso de ouvir esta canção. Este som não me sai da cabeça. Faço uma tradução livre de qualquer conhecimento linguístico que me possa dizer que palavras são estas e/ou que sentido possam ter. Traduzo cada expressão de acordo com aquilo que quero ouvir o cantor dizer, em cada momento.
Descubro, mais tarde, que essas palavras que ouço não querem dizer nada daquilo que penso. E continuo a ouvir a mesma música. E continuo a traduzir cada expressão do modo que me apetece.
Se a música fosse como eu penso que a ouço, seria qualquer coisa relacionada com esta minha vontade de ser e estar transparente.
Se nada nem ninguém me vir, posso ser ou não ser. Não importa se sou ou se não sou. Não importa como sou. Ainda que existindo, a transparência de mim faz com que a minha pele não seja o limite do meu corpo e, consequentemente, faz com que a minha pele não me limite o ser.
Porque, em constante mutação, ou movimento, ou quietude, ou permanência… quase nunca serei a mesma coisa, ou pessoa, ou ser, ou estar. Às vezes da terra, às vezes do ar. E as raízes que tenho vão sendo fortes e fundas, ao mesmo tempo que voo.
Comentários
e sim, tantas ed tantas vezes penso, e sinto, o que aqui exprimiste.
Abraços*
beijinhos
Lindooooo, eu partilho intensamente o teu sentir.
Jhs mtos
como sem ti estás, que solitário,
que distante, sempre, de ti mesmo!
Aberto em mil feridas, cada instante,
qual minha fronte,
tuas ondas, como os meus pensamentos,
vão e vêm, vão e vêm,
beijando-se, afastando-se,
num eterno conhecer-se,
mar, e desconhecer-se.
És tu e não o sabes,
pulsa-te o coração e não o sente...
Que plenitude de solidão, mar solitário!
Tenho muitas saudades tuas, gostava de almoçar contigo Amiga diz-me se podes.
Bjs