A imagem, (seja a que for,) enquadrada dentro de um rectângulo, (maior ou mais pequeno,) de papel mate, (só porque gosto mais,) e, enquadrada, não porque está devidamente equacionado o objecto dentro do visor (proporcional em espaço, profundidade, foco, cor, luz, centratura, verticalidade e horizontalidade…) mas, apenas porque deve caber nesse rectângulo adiante dos olhos. A imagem (como vida,) O clic, (como momento-a-momento) da vida, de cada dia (e da noite fotografada sem flash). A fotografia para dizer quem somos, (o que somos, eventualmente) para nos dizer a vida (e nos mostrar de onde vimos e para onde vamos) e nos mostrar caminhos, passagens, pegadas, marcas (que deixamos à passagem, ainda que, muitas vezes, sem querer… e) que outros deixam, na fotografia. O clic (como decisão) como acção levada a cabo por um sujeito (desconhecido e sem carreira profissional de fotógrafo) que quer com esse clic guardar essa imagem (que os olhos vêem, ou que o coração sente) na alma (porque vague...