Do escuro e das luzes que brilham…

Vejo o escuro e avanço. Quanto mais ando, menos luz ilumina a minha sombra na minha frente. Os passos que vou deixando para trás não me chamam para a luz. E eu caminho. O sentimento é de confiança, de segurança. Não tenho medo de escuro, quero ir na sua direcção. E quando já nada resta que ilumine os meus passos… é aí que paro e olho. É maravilhoso o que a escuridão pode mostrar aos nossos olhos. Então, volto a confirmar, como no dia anterior, que é ali que as luzes estão. Muitas. Pequenas, grandes, mais brilhantes, mais ténues, mais aglomeradas, mais dispersas. O céu escuro e as estrelas todas se deixavam ver daqui. Daqui, sim. Destes meus pés assentes na terra, destes meus olhos postos no céu*