Ao meu antigo companheiro de carteira e querido amigo

"Escrevo-te.

Pelo corpo sinto um arrepio, uma vertigem,
Que me enche o coração de ausência,

pavor e saudade.
Teu rosto é semelhante à noite.
A espantosa noite do teu rosto."




in Carta da Flor do Sol, Al Berto
Este post é para ti.
Para te dizer que tenho saudades tuas e para te dizer que não posso esquecer as palavras que um dia me escreveste, que me dedicaste.
Hoje lembrei-me de ti. Do teu fato de macaco azul escuro de bombazine, da tua cara ensonada de quem acabou de acordar e já chegou a trasado, das canetas com bicos finos que deixavam de escrever quando tu mais precisavas, das lapizeiras com os bicos sempre a partir, das conversas interrompidas pelos professores...
Não sei como tens andado das tuas crises e não sei se já tens casa nova só pra ti, mas calculo que o jornalismo não te dê tempo para mais nada...
Enfim... Escrevo-te na blogosfera para compensar as cartas que já não te envio faz tempo. E desejo que estejas bem, mesmo muito bem.
Quando é que vejo fotos novas tiradas por ti?
Quando é que leio qualquer coisa escrita por ti (sem ser jornalismo)?
Este post é para ti. Só porque tenho saudades tuas.

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