Esta noite sonhei II
Sonhei que o meu cavaleiro andante viajava pelas dunas
e que me procurava em cada pôr-do-sol…

Viajou milhares e milhares de anos
O caminho era este, a estrada era outra…

Na baínha do casaco trazia um presente para me oferecer

Rosas esculpidas pelo vento e pelo tempo.
Rosas secas, pétalas fósseis guardadas desde o princípio dos tempos

No meu sonho o céu era branco como cal e tinha muitas estrelas coloridas
Outras vezes, o céu era sustentado por colunas muito altas

Havia muitas portas, quase todas de um azul bonito




Um dessas portas esperava, entreaberta, que eu entrasse
Mas eu não entrei.

Escondi-me no alto do minarete
De uma das janelas parecia que se via o infinito
O que parece não acabar nunca. Mas não era o infinito
Era o deserto que me chamava
Era aquele alaranjado que me dizia que fosse, que me dizia que sim
O horizonte da cor do deserto é assim…

Estarrecida, contemplei a beleza e a grandiosidade
que é estar perante aquela areia macia
que nos envolve em todo o redor…
E, em silêncio, ouvir aquelas palavras que a natureza nos diz
quando se mostra assim nua, despida de tudo.

E o Sol desceu…

E a Lua subiu…
Num ritual que se repete pelos séculos dos séculos
Numa sequência de luz e de escuridão iluminada

Nesses momentos,
Há miragens que nos chegam…
Como se fossem espíritos anciãos
Dispostos a dançar connosco uma dança de lua cheia e de fogueira acesa
E nos acenam num adeus.

Acordei.
(leia-se: voltei)
e que me procurava em cada pôr-do-sol…
Viajou milhares e milhares de anos
O caminho era este, a estrada era outra…
Na baínha do casaco trazia um presente para me oferecer
Rosas esculpidas pelo vento e pelo tempo.
Rosas secas, pétalas fósseis guardadas desde o princípio dos tempos
No meu sonho o céu era branco como cal e tinha muitas estrelas coloridas
Outras vezes, o céu era sustentado por colunas muito altas
Havia muitas portas, quase todas de um azul bonito
Um dessas portas esperava, entreaberta, que eu entrasse
Mas eu não entrei.
Escondi-me no alto do minarete
De uma das janelas parecia que se via o infinito
O que parece não acabar nunca. Mas não era o infinito
Era o deserto que me chamava
Era aquele alaranjado que me dizia que fosse, que me dizia que sim
O horizonte da cor do deserto é assim…
Estarrecida, contemplei a beleza e a grandiosidade
que é estar perante aquela areia macia
que nos envolve em todo o redor…
E, em silêncio, ouvir aquelas palavras que a natureza nos diz
quando se mostra assim nua, despida de tudo.
E o Sol desceu…
E a Lua subiu…
Num ritual que se repete pelos séculos dos séculos
Numa sequência de luz e de escuridão iluminada
Nesses momentos,
Há miragens que nos chegam…
Como se fossem espíritos anciãos
Dispostos a dançar connosco uma dança de lua cheia e de fogueira acesa
E nos acenam num adeus.
Acordei.
(leia-se: voltei)
Comentários
Tenho de ver as fotos todas!
Viagem marcante, heim?
Já tentei falar-te e não consegui... :-(
Até breve, sereia* das Dunas :-)