Reconciliação

-



Há-de uma grande estrela cair no meu colo...
A noite será de vigília,

E rezaremos em línguas
Entalhadas como harpas.

Será noite de reconciliação -
Há tanto Deus a derramar-se em nós.

Crianças são os nossos corações,
anseiam pela paz, doces-cansados.

E os nosso lábios desejam beijar-se -
Por que hesitas?





Não faz meu coração fronteira com o teu?
O teu sangue não pára de dar cor às minhas faces.

Será noite de reconciliação,
Se nos dermos, a morte não virá.

Há-de cair uma grande estrela no meu colo.


Else Lasker-Schüler
Baladas Hebraicas
(tradução de João Barrento)

Comentários

alcoolicos anonimos disse…
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
7 de agosto de 2009 às 10:59
mfc disse…
Há sempre um dia em que o sonho acontece.
7 de agosto de 2009 às 14:58
FValente disse…
É só para dizer que o peixeinho azul é um bocado parvo! Já por duas vezes (DUAS, disse eu) o vi a morder no amarelo, coitadinho (que toda a gente sabe que é doente) e a cuspir para o laranja! Eu se fosse aaaaa ti metia-o de castigo. Que isto não interessa que azul seja a cor mais linda... não se pode comportar assim...

Mete ordem no aquário se fazes favor!!!
7 de agosto de 2009 às 15:54
Maria Emília disse…
A balada é bonita mas o que gostei mais foi o rezar em línguas. Já experimentaram. É uma entrega fenomenal e repousante.
Um beijinho,
Maria Emília
10 de agosto de 2009 às 23:20
Rita Galante disse…
«Há de cair uma grande estrela no "teu coração"»...eheheh... alterei um pouco esta lindíssima balada.

Lindo o teu post, como sempre...

Fiquei muito contente por saber que também gostas dos já extintos "Beautifil World"... Mascaram-me muito e as razões têm vindo ao de cima aos poucos. E sim, o segundo (e último cd) têm uma capa fantástica ... "Forever"... Pena que tenham ficado só por 2 cds, mas o que deixaram é muito valioso. Um dia ainda vou pesquisar na net o que é feito do Phil Sawyer.

Beijinhos ENORMES cheios de harmonia, directamente para o teu "colo"... =)
11 de agosto de 2009 às 12:09
Paula Raposo disse…
Quanta verdade neste belo poema!
17 de agosto de 2009 às 22:08
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