Num dia de vento...





Se eu for a pedra e tu a areia,
Se eu (me sentar e) esperar que o vento te traga em grãos,
Se grão a grão o teu corpo me tapa,
Se a tua textura granulada se vai juntando è minha textura rochosa;

Vai chegar o momento em que a rocha não se vê, só a areia.
Eu-rocha, aos poucos, desapareço.
Nesse momento, eu vou saber que chegaste por inteiro.

(Ainda que venha uma onda,
te leve de novo
e eu volte a ficar descoberta)

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